quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Bebedeira

A estante de livros caída no chão.
Os livros no chão.
Tudo que não li...
Tudo que não vi...
O "Canto Geral" esmagando os cigarros
que não fumei.
A garrafa ainda no lacre
despedaçada em mil.
O uísque embebedando os livros,
todos eles...
Neruda, Vinícius e Bukowski
deitados no chão,
encharcados no chão...
E eu ali, ironicamente,
sento-me numa cadeira,
salvo alguns poucos inocentes
e adimiro com pesar
esta grande bebedeira...

3 comentários:

  1. Amei esse também...!
    Não sei porque, mas me lembrou Will.
    hehehehehehehe

    bjin!

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  2. Meu querido Pena Filho, você anda fazendo poesia de brincadeira? Lendo isso, é a mesma coisa de estar vendo essas imagens acontecendo na minha frente. Muito bom mesmo.

    És um poeta de mão cheia. E de versos sem comparação.

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  3. amigo
    me inclui nessa bebedeira

    que poema genial , congratulations

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